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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Poema do Novo Amor

Se não me queres inteira,
deixe-me metade,
não quero chorar o fim de um amor
que ainda nem começou.
Mas se queres um pouco,
posso deixar-lhe louco,
louco de tanta paixão.
Só não me tenhas por ter,
pois o seu querer
não pode ser o meu quinhão.
É que carrego comigo um sentido,
muito sentir e minhas entranhas.
Desse calor que careces,
nem os deuses merecem,
senão por muita oração.
Ores no meu ventre que lhe entrego,
pois só Deus explica tanto tesão.
O que peço-lhe é a minha liberdade,
não suporto limitação.
Ao mesmo tempo lhe imploro: sejas meu,
não me deixes solta,
pois o amor é a melhor prisão.