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quarta-feira, 28 de maio de 2014

UNS WHISKYS E OUTRAS MENTIRAS

vice versão


se alguém me falar: fique

eu direi: vamos

vai-se o verso


Kátia Kirino


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quando?


o pretérito do seu presente

vai virar passado? 

Kátia Kirino


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saber aquilo? 

Hunrum! 
ou um whisky? 

Kátia Kirino


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Descobri. 

você é muito barato
para o que eu posso
bancar sozinha

Kátia Kirino


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Confesso o meu desejo de me desconectar com aqui para me conectar com o lá. (K. Kereno)

VOLTA

revira e volta
reviravolta ambulante
revira a volta

sábado, 24 de maio de 2014

É TODO SEU

eu lhe causo ciúmes
porém me esforço
músculo por músculo

para escrever meu nome
com K maiúsculo
não que o seu m 
seja Minúsculo

somos farinha do mesmo moinho
o que eu causo 
é "causo" de mineiro

caso perdido... fique

Kátia Kirino

terça-feira, 20 de maio de 2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

ArmaDura

não desejo vestir a roupa
de amante que você teceu
vou usar meu vestido cândido
vou cantar no meu cio oscilante
de trajes alheios tenho receio
prefiro minha roupa usada
trapos, farrapos, remendos
prefiro vestir minha armadura
de ventos....


quarta-feira, 7 de maio de 2014

CICATRIZ

meu corpo palavra
meu corpo apodrece
corpos apodrecem...
meu copo transborda
eu te reescrevo
meu corpo abandono
eu me abandonei em você
meu corpo excesso
eu fiquei vazia
Resende está vazia
meu corpo ponto final
morada da dor
quebraram minhas pernas
chutaram minha cara
mas faço valer cada cicatriz
meu corpo sobrevive
eu sobrevivo

Woods Witch - Roberto Robert

segunda-feira, 5 de maio de 2014

SEM RAZÃO DE SER

sou inadequada
com minhas botas largas
e uma sinceridade cortante

sou iluminada
com minhas próprias ideias
cadeia de velha corrente

sou amasiada
amante do amigo distante
cadela vadia errante

sou emancipada
dona do nada distante
leoa fingindo balança

nem zoológico
nem zodíaco
cada quadrado no seu arco

cada carinho um encontro
cada palavra consolo
cada prótese hipótese

sou mundana
cuja fulana falada
amaldiçoada profana

sou o que resta da festa
aquela que se diverte
até o final  da noite

sou um açoite
uma coisa qualquer
escondida na luz

vaca franga porca
peixa adicta deixa nexo
inverso da cruz, hipófise

sou o  nada
olhado do tudo
tubo sub mundo

escara