sou inadequada
com minhas botas largas
e uma sinceridade cortante
sou iluminada
com minhas próprias ideias
cadeia de velha corrente
sou amasiada
amante do amigo distante
cadela vadia errante
sou emancipada
dona do nada distante
leoa fingindo balança
nem zoológico
nem zodíaco
cada quadrado no seu arco
cada carinho um encontro
cada palavra consolo
cada prótese hipótese
sou mundana
cuja fulana falada
amaldiçoada profana
sou o que resta da festa
aquela que se diverte
até o final da noite
sou um açoite
uma coisa qualquer
escondida na luz
vaca franga porca
peixa adicta deixa nexo
inverso da cruz, hipófise
sou o nada
olhado do tudo
tubo sub mundo
escara
Nenhum comentário:
Postar um comentário