Rio é a conjugação do verbo rir na primeira pessoa do presente. Com a alma encharcada dessas águas é impossível deixar de rir. Suas águas transparentes escondem mistérios que os artistas revelam com suas ilustrações e pinturas quando fazem o encontro com a natureza. Imenso deslumbramento que meus olhos flagram. Ora as águas me banham e enrugam de tanto deleite, ora limpam a mente, as dores e o corpo, revelando a beleza nua de sua amante. Somente após chorar rios de lágrimas consigo rir dos meus desvios. Como um afluente, quero encontrar meu rio. Como um rio, quero fluir calmamente e incessantemente pelo meu caminho. Essa é a minha natureza. E a do rio.
Peço licença ao meu amigo Mallorca para publicar aqui neste blog a aquarela do Rio Paraíba de sua autoria, que me inspirou nestas palavras.
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